Você joga games online? Segundo Anatel, a culpa do corte de internet é sua

"É o que acontece com games online", começa a falar o presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) João Rezende, que continua: "Tem gente que adora, fica jogando o tempo inteiro, e isso gasta um volume de banda muito grande. É evidente que algum tipo de equilíbrio há de se ter porque, senão, nós teremos o consumidor que consome menos pagando por aqueles que estão consumindo mais. É essa questão da propaganda, do ilimitado e do infinito, que é um negócio que acabou desacostumando o usuário".
A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa, e você pode conferir tudo o que foi dito no vídeo abaixo, disponibilizado pelo pessoal da Vox. Existem dois pontos importantes para notarmos na fala de João Rezende:
  • "Tem gente que adora": é preciso entender que a frase "tem gente que adora" aparece de maneira negativa. É culpar o usuário, que deveria ser livre. É jogar a culpa nas costas de pessoas que buscam entretenimento, e deixar companhias e infraestruturas um pouco isentas.
  • "Teremos o consumidor que consome menos pagando por aqueles que estão consumindo mais":neste ponto, é ilógico. Existem vários planos — e a necessidade de criar mais — que podem ser acomodados aos diferentes bolsos e necessidades. Uma pessoa "que adora" jogar games online, provavelmente, vai buscar um plano com mais velocidade e, por consequência, mais caro.

    O fim da internet ilimitada

    Na coletiva, Rezende deixou claro que a era da internet fixa ilimitada no Brasil está no fim. Ao que parece, com o aval da Anatel. Segundo o presidente, é a infraestrutura de rede que não é mais capaz de lidar com a realidade do mercado nacional: "Nem todos os modelos cabem à ilimitação total do serviço, porque a rede não suporta", afirmou.
    Além disso, a Anatel tirou o corpo dessa briga e disse que a prática de modelos limitados não vai contra a regulamentação. "A Anatel não proíbe esse modelo de negócios, no qual haja cobrança adicional tanto pela velocidade como pelos dados", segundo a Agência Brasil.
    A resolução fere o Marco Civil da Internet e o Código de Defesa do Consumidor
    Anteriormente, como noticiamos durante a semana, a Anatel proibiu que as operadoras cortassem o serviço de internet — diminuir a velocidade e cobrar um valor extra também entram na conta — durante 90 dias.

Um novo time na luta

Claudio Lamachia, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), disse que a nova regra da Anatel para a internet fixa é "inaceitável" em entrevista para a Folha de S. Paulo.
"Ao editar essa resolução, a Anatel nada mais fez do que informar às telefônicas o que elas devem fazer para explorar mais e mais o cidadão. A resolução editada fere o Marco Civil da Internet e o Código de Defesa do Consumidor. A Anatel parece se esquecer que nenhuma norma ou resolução institucional pode ser contrária ao que define a legislação", comentou Lamachia.
A OAB parece entrar na luta ao lado de PROTESTE e Movimento Internet Sem Limites
Ainda, o presidente da OAB disse que a "alteração unilateral dos contratos feita pelas empresas, respaldada pelo artigo 52 do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC), encontra-se em total desacordo com o Código de Defesa do Consumidor e a imutabilidade dos contratos em sua essência".  
Ou seja, pelo que pudemos notar nas declarações do presidente da OAB, a luta contra o limite em franquias de internet deve estar ganhando um novo time, ao lado da PROTESTE e do Movimento Internet sem Limites.
Fonte: TechMundo


Nota: Agora a porra ficou séria galera. Bora quebrar o pau com a Anatel.


Share on Google Plus

About HerØ

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário