Está em dúvida sobre quais foram os melhores games do ano? Veja algumas sugestões para te ajudar a escolher!
Já começamos dizendo que esta lista não é absoluta. Ninguém jogou todos os jogos que saíram em 2015 e, mesmo que tivesse jogado, cada um tem sua opinião sobre o que constitui um “jogo bom”. O ranking traz games com algo de especial ou simplesmente muito bem feitos, que merecem sua atenção e podem ser excelentes presentes de final de ano.
Portanto, sem mais delongas, comecemos:
15: #IDARB (Xbox One e PC, eventualmente)
O nome é estranho e o contexto, tanto quanto. IDARB significa “It Draws A Red Box”, pois originalmente o jogo possuía apenas um bloco vermelho em vez de personagens desenhados.
#IDARB é uma espécie de esporte que consiste em, como tantos outros, jogar a bola em um alvo. O que o torna especial, no entanto, é o fato de que ele é um jogo de plataforma, onde os jogos são transmitidos online em tempo real e cuja audiência pode interferir nas partidas por meio do uso de hashtags específicas. #Ricky, por exemplo, faz com que um Rick Astley pixelado passe dançando pela tela, cantando “Never Gonna Give You Up”, atrapalhando ambos os jogadores.
Para algo tão simples, IDARB possui uma complexidade surpreendente, envolvendo a multiplicação de pontos com pontes aéreas, tabelas e rebotes. Também é possível customizar os times e fazer downloads das criações de outros jogadores, tornando possível uma competição entre as Tartarugas Ninja e os Beatles, por exemplo.
Veja o vídeo abaixo:
14: Evolve (PC, PS4, Xbox One)
Evolve é um jogo interessante pois os mesmos aspectos que lhe fazem bem, também fazem mal.
Ao mesmo tempo em que a experiência de quatro jogadores é aquela de um FPS com classes especializadas, o quinto controla um monstro gigante cujo poder aumenta durante a partida. Os quatro caçadores devem fazer com que a partida termine o mais rápido possível, assassinando o monstro enquanto ele ainda é pequeno e relativamente fraco. O jogador do monstro, por outro lado, precisa enrolar a partida por tanto tempo quanto possível, se escondendo, se alimentando de outros animais e crescendo até o tamanho máximo, para, aí sim, enfrentar os outros jogadores.
A complexidade dos sistemas e os papéis altamente assimétricos de cada lado tornam Evolve um jogo bastante único e interessante. Só que esses mesmos fatores fazem com que ele seja um jogo que não apela para quem deseja apenas “dar uns tiros e relaxar”, já que cada função deve ser executada de forma diferente e em conjunto, o que nem sempre ocorre online. Evolve não possui campanha, portanto, se isso é importante para você, sugerimos que procure outro jogo.
Veja o trailer:
13: Monster Hunter 4 (3DS)
Mais um jogo pra lista que funciona praticamente só com multiplayer (parece ser um tema este ano, não?), Monster Hunter 4 é excelente e poderia ser facilmente um game de console, mas conseguiu fazer a transição para os portáteis com muita graça.
Pode não ser um jogo para qualquer um, tanto pela ênfase no multiplayer, quanto pelo pouco enredo, mas não deixa de ser um jogo muito, muito bom para aqueles que gostam de combates complexos e um mundo colorido com cenários paradisíacos.
12: Axiom Verge (PS4, PC)
O “metroidvania” é um conceito já enraizado no mercado de jogos, desde o lançamento de “Castlevania: Symphony of The Night”, em 1997 e, nos últimos anos, a cena indie tem feito um excelente trabalho com o gênero. Este ano, tivemos Axiom Verge, um trabalho de um único desenvolvedor que trabalhou sozinho no roteiro, programação e composição do título.
O jogo possui uma variedade de armas, um estilo gráfico que emula perfeitamente a era 16 bit dos consoles e controles precisos. O que realmente o coloca à parte são os cenários, que precisam ser navegados utilizando alguns truques, como uma arma que causa glitches nas fases, além de uma espécie de robô, que pode acessar locais difíceis e teletransportar o personagem.
Para quem se interessa por games de plataforma, e gosta de certa complexidade neles, Axiom Verge é certamente uma boa pedida para um final de ano com muita exploração e alguns alienígenas.
11: Rocket League (PC, Xbox One, PS4)
Rocket League é prova de que a persistência pode valer a pena.
A Psyonix já havia tentado emplacar um jogo de esporte com veículos em 2008, na forma de um jogo com o enorme título de “Supersonic Acrobatic Rocket Powered Battle Cars”. Infelizmente, o nome não foi aceito como comicamente longo, mas simplesmente confuso. Dois mil e quinze marca o lançamento da continuação que deu certo e se tornou sensação online por ter controles simples e espaço para estratégia de grupo.
Em um mercado que se preocupa desesperadamente com fotorrealismo, um dos maiores lançamentos do ano foi um jogo sobre carros que sobem paredes com um foguete de arco-íris (opcional) e possuem um botão de pulo (!). O título é divertido, barato, fácil de aprender e tende a divertir qualquer um.
Se você não gosta de esportes, mas adora videogames, Rocket League é um dos únicos jogos do ano com uma bola e um gol que vai te interessar.
10: Super Mario Maker (WiiU)
Enquanto uns insistem em dizer que Mario Maker é um “brinquedo” mais do que um “jogo”, é inegável que você pode simplesmente sentar em seu sofá, escolher uma fase aleatoriamente e jogar por horas.
Mario Maker ensina seus jogadores; ele mostra que balanço é importante e que uma fase de Super Mario deve ter exatamente a dificuldade correta, ser justa e mostrar ao jogador onde ele deve ir com sutileza. É claro que se você assim desejar, existem milhares de fases que testam a habilidade dos jogadores ao limite da paciência e autocontrole.
É importante notar que, caso você não se interesse por criar fases, o jogo tem um apelo um tanto quanto limitado, já que não há uma campanha criada pela Nintendo ou coisa parecida. Existe muita coisa excelente criada por jogadores no browser do jogo, mas não existe uma “coesão” entre eles. Se isso não for suficiente, talvez Mario Maker não seja para você.
9: Splatoon (WiiU)
Existe um mercado muito popular, que gera muito dinheiro, mas a Nintendo não possui nenhum jogo do gênero. Todos pensam “Seria interessante se a Nintendo fizesse um jogo desse estilo” e, então, surge algo completamente diferente do que se esperava e, ainda assim, indiscutivelmente Nintendo.
Foi assim com Mario Kart, Mario Tennis, Super Smash Bros e, agora, com Splatoon.
Sim, Splatoon é “um jogo de tiro em terceira pessoa”, mas o reduzir a isso é bastante limitante, já que matar os adversários não é um fim, mas um meio. O importante mesmo é pintar a fase inteira de qualquer que seja a cor brilhante de seu time.
A ênfase na ideia da tinta permite uma unidade temática rara em outros games do gênero, como o fato de todos os personagens serem um híbrido de humanos e lulas, as armas serem baseadas em pincéis, rolos de tinta, além das armas comuns (que também atiram tinta). É um jogo não-violento, que incentiva trabalho em grupo e pode ser jogado por todas as idades, apesar de ter uma curva de aprendizado um tanto quanto complexa.
É uma excelente compra para qualquer um que possua um WiiU, mesmo que não goste de jogos de tiro. A campanha é bastante curta e o formato principal do jogo é o multiplayer, portanto mantenha isso em mente.
8: Xenoblade Chronicles X (WiiU)
É uma época difícil para RPGs Japoneses. Enquanto na década de 90 RPGs para consoles eram praticamente sinônimos de RPGs japoneses, os tempos mudaram e RPGs ocidentais começaram a tomar conta do mercado,. Com isso, os RPGs japoneses se tornaram algo restrito a um nicho específico, com muitos indo para portáteis e apenas as maiores séries se mantendo nos consoles.
Xenoblade Chronicles X é mais um jogo da série “Xeno” que teve seu início com Xenogears, no Playstation 1, em 1998. A série continua com suas características distintamente japonesas, incluindo batalhas enormes com Mechas e um conteúdo filosófico na história (ainda que diminuído, se comparado a outros jogos da série). Um mundo aberto e enorme que se abre cada vez mais, com cenários vibrantes, orgânicos e alienígenas são alguns dos motivos para se comprar Xenoblade Chronicles X.
7: Life is Strange (PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One)
“Jogos de narrativa” têm conseguido um grande espaço na indústria nos últimos anos. Foi assim que a Telltale fez sua fama e recentemente tivemos exemplos excelentes, como Stanley Parable e, é claro, Life is Strange.
Life is Strange é um jogo episódico que conta a história de uma adolescente que descobre ter o poder de voltar brevemente no tempo e mistura os problemas comuns que ela possui pelo fato de ser adolescente às complicações trazidas por sua habilidade. É um jogo sobre escolhas e sobre como, mesmo podendo voltar atrás, existem situações em que nenhuma delas são perfeitas.
Não é um jogo repleto de ação. Na verdade, não existe nenhuma ação, no sentido tradicional. É uma experiência narrativa interessante, imersiva e, de certa forma, algo que só os videogames podem fazer.
6: Pillars of Eternity (PC)
Se existe um gênero que mudou nos últimos tempos é o RPG ocidental.
Um gênero foi focado quase que exclusivamente na difícil decisão de como criar o grupo perfeito de aventureiros nos últimos anos teve seus maiores sucessos baseados em jogos onde se controla apenas um personagem. Skyrim e todos os últimos Fallouts são praticamente o sinônimo de RPGs ocidentais atualmente, com a exceção notável da série Dragon Age.
Em uma volta às origens, um grupo de desenvolvedores que inclui Tim Cain e Chris Avellone utilizou o Kickstarter para financiar um RPG à moda antiga, que anda pelos mesmos caminhos de grandes clássicos como Baldur’s Gate, Icewind Dale e Planescape Torment, preferindo um jogo focado em mecânica e texto, ao invés de espetáculo visual.
É um jogo pesado em termos de história, mitologia e mecânica, que recompensa jogadores que tomam seu tempo estudando as situações e lendo informações, compreendendo contextos ao invés de simplesmente seguir o próximo ponto brilhante em um minimapa.
Para todos aqueles que tem bastante paciência é um grande jogo, tanto em duração, como em complexidade.
5: Undertale (PC)
Undertale traz de volta à tona um estilo visual antigo, reminiscente de Earthbound e outros jogos da série, lançados para Super Nintendo, NES e GBA. A diferença está na forma como o jogo lida com batalhas e nos vários personagens que aparecem pelo jogo.
É possível passar o jogo todo sem matar ninguém, resolvendo conflitos por meio de elogios, compreensão e discussões. Também é possível tratar o jogo como um RPG japonês clássico e assassinar todos os monstros que aparecem em seu caminho. As consequências disso são graves e o jogo te lembra o tempo todo. Ele te faz considerar diferentes soluções para muitos problemas, ao invés de resolver tudo com a força.
Undertale é bastante diferente e curto (tem por volta de 8 horas), que pode fazer você repensar vários aspectos da função de um jogo de videogame.
4: Fallout 4
Mais do que uma experiência narrativa direta, a série Fallout te faz considerar seu lugar e suas ações em um mundo onde muito pouco do que se conhece sobre política e sociedade não existe mais. Em Fallout 4 não é diferente.
Desta vez, o personagem principal de fato viveu na época anterior à guerra e ficou congelado durante toda a guerra, vendo o mundo mudar de uma hora para a outra. É esse personagem que você controla em Fallout 4.
As mecânicas tiveram várias mudanças, como a árvore de habilidades e um sistema mais robusto de criação de itens, além do novo sistema de construção de cidades, que dá ao jogador maior possibilidade de criar um “lugar pra chamar de seu”, ao invés de se acostumar a cidades como Megaton ou Novac, como ocorreu em outros jogos.
É longo, interessante e a mecânica de tiro só melhorou desde os últimos jogos. Porém, os gráficos são um pouco datados, por conta de engine velha. Se isso não é um problema para você, é um excelente jogo a se considerar.
3: The Witcher 3
The Witcher é uma série que iniciou-se com um orçamento bem limitado e, por causa de seu sucesso de público e crítica, conseguiu terminar uma trilogia com uma produção muito maior do que começou.
A batalha é a melhor que há na série, até o momento, assim como as atuações de voz e gráficos, que ajudam a vender a história de um mundo de fantasia medieval mais pautado na realidade do que a maior parte dos RPGs.
Geralt é um personagem interessante, com um passado intrigante e isso se mostra em suas relações, tanto amorosas como sociais, durante o decorrer do jogo, que segue a história dos livros da série. Também é apresentada nesse jogo a filha de Geralt, o colocando em situações mais próximas, de teor emocional, além de toda a complicação política e mitológica dos jogos.
É interessante para quem já jogou os anteriores da série, mas pela quantidade de história complexa, talvez seja melhor não começar por este.
2: Bloodborne (PS4)
Bloodborne é um jogo novo, com gráficos excelentes que esforçam o PS4 até a última gota para mostrar seu belo (ainda que destruído) mundo. Apesar disso, é um jogo com uma mentalidade bastante antiga.
Este é um jogo que pede que você morra repetidas vezes, como parte normal do aprendizado. Que faz você se perguntar se é a hora correta de enfrentar tal situação e, de repente, se dar conta de que não é seu personagem que precisa ganhar mais força ou uma arma diferente: é você quem precisa aprender a jogar melhor.
Diferente de Dark Souls, o combate é bastante ofensivo, mas ainda bastante devagar, fruto da movimentação dos personagens. A história só se conta caso você deseje, já que a maior parte da mitologia está guardada nas descrições de itens ou conteúdo opcional.
Dark Souls é exclusivo de PS4, mas recomendado para qualquer pessoa paciente o suficiente para um jogo brutalmente difícil e mecanicamente preciso, que lhe deixa com uma sensação de muito orgulho após cada batalha.
1: Ori and the Blind Forest (Xbox One, PC)
É raro que um jogo com tão pouca história emocione tanto quanto Ori and the Blind Forest. Em termos técnicos, é um metroidvania, assim como Axiom Verge, acima na lista. No entanto, as semelhanças terminam por aí.
Ori é uma criatura que vive com sua mãe adotiva, Naru. uma presença maligna faz com que a floresta de Nibel comece a morrer e a comida comece a faltar. Ori sai em busca de uma solução para o problema, para purificar a floresta.
A história simples é pontuada em uma narração e em uma língua não específica, dependendo de legendas (em português) para ser compreendida. A jogabilidade é muito precisa e a dificuldade é bastante alta para jogadores que quiserem pegar todos os itens do jogo, mas é meramente “difícil” chegar ao final. A trilha sonora é um show à parte e cabe perfeitamente nos cenários etéreos da titular floresta cega.
Ori and the Blind Forest é recomendado a qualquer jogador que goste de games de plataforma, com a ressalva de ser bastante difícil em vários pontos.
Fonte: Mixme
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