Nos últimos anos, desenvolvedoras de games estão integrando a tecnologia e a popularização de sensores, como o leitor biométrico e de batimentos cardíacos, aos jogos, permitindo que o usuário avance na narrativa de acordo com seu estado mental. Chamada de biofeedback, a técnica aplicada aos games pode pode ensinar as pessoas a controlarem sua ansiedade fora do jogo.
Um exemplo de aplicação da tecnologia é o Nevermind, um título de terror indie que funciona com uma espécie de cinto de monitor de frequência cardíaca. O desafio é manter os batimentos sob controle à medida que cenários assustadores são exibidos. Cada vez que o jogador fica nervoso, uma dificuldade é adicionada ao jogo, como por exemplo uma camada que escurece o cenário e torna a visão mais fraca.
Biofeedback
Outro exemplo de uso do biofeedback nos games é o MindLight, um jogo desenvolvido pelo estúdio GainPlay para crianças que sofrem de transtornos de ansiedade, que usa um leitor de eletroencefalograma para detectar ondas cerebrais alfa, presentes quando o jogador está calmo, ou ondas beta, quando as pessoas estão em estado de alerta ou atenção.
O cenário de MindLight também é assustador e, quando se acalmam, os jogadores podem usar um chapéu mágico que afugenta os monstros.
Dificuldades
A principal dificuldade no desenvolvimento de games como esses é o custo dos acessórios que monitoram os batimentos ou ondas cerebrais dos usuários. De acordo com especialistas na área, a solução é utilizar equipamentos que o usuário já possui, como smartphones, para realizarem a tarefa.
Esse é o caso do Go to Beat, game para celular que ensina o jogador a manter sua frequência cardíaca em uma faixa específica usando a lanterna e a câmera d celular. Enquanto a luz ilumina o dedo da pessoa, a câmera grava um vídeo que é enviado ao game. Por lá, um algoritmo calcula a média de batimentos e o fluxo sanguíneo do usuário.
Ainda não há evidências científicas de que jogos que usam o biofeedback ajudem as pessoas a controlarem a ansiedade, mas pesquisadores já começaram a estudar os efeitos do Nevermind em pacientes que serão submetidos a cirurgias.
Fonte: Olhar Digital
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