Disputa épica: acordo entre Gearbox e 3D Realms define o dono de Duke Nukem

A série Duke Nukem é conhecida por jogos cheios de violência, ação fora dos limites e, claro, muita polêmica. Esse último aspecto da franquia, aliás, se estende para muito além do mundo digital no qual Duke manda bala em alienígenas e aprecia belas mulheres. Isso porque depois de ter seu capítulo mais recente ficando 15 anos no forno até que fosse lançado, a série virou o pivô de uma briga judicial entre Gearbox e 3D Realms. Agora, depois de um bom tempo de disputa nos tribunais, parece que tudo foi resolvido e o tiroteio ganhou uma casa definitiva.
“Die, you son of a bitch!”
Entender o drama sobre os direitos em relação à essa propriedade intelectual clássica não é difícil, mas a história é consideravelmente longa. Trabalhando há mais de uma década em Duke Nukem Forever – ou Fornever, como brincavam alguns fãs –, a 3D Realms passou por dificuldades e acabou vendendo a franquia à Gearbox, que chamou a responsabilidade para si, finalizou a produção do game e lançou o título no meio de 2011. Paralelamente, a desenvolvedora dinamarquesa Interceptor abocanhou a antiga dona de Duke Nukem. 
Até aí nenhum problema, certo? Errado. Pouco tempo depois da compra da 3D Realms, a Interceptor anunciou nada menos que um novo produto da série de Duke, chamado Duke Nukem: Critical Mass – um shooter com perspectiva variada e mais dinâmico que os tradicionais FPS. Claro que a Gearbox emplacou um processo quase que imediatamente em seguida, fazendo com que o projeto fosse descontinuado. Porém, não demorou até que uma nova produção da galera da 3D Realms fosse mostrada ao público: Bombshell.
Dessa vez, as acusações foram de que esse novo game revelado em 2014 era basicamente uma versão mais polida de Critical Mass sem o icônico personagem desbocado de Duke Nukem. Claro que esse poderia ser o estopim de uma batalha judicial sem fim entre as três empresas, mas o que aconteceu, na verdade, é que os ânimos se acalmaram e as partes preferiram partir para uma conversa sadia sobre o assunto. O resultado foi um comunicado em conjunto divulgado pelo trio nesta quarta-feira (19).
Acordo entre cavalheiros
O longo texto assinado por representantes dos três estúdios explica que as companhias resolveram de vez as suas diferenças e que todos os processos em curso foram deixados de lado. Mike Nielsen, atual chefão da 3D Realms, por exemplo, foi enfático ao afirmar que não houve qualquer tipo de má fé da empresa na hora de negociar Critical Mass com sua compradora. “Para garantir o futuro de Duke, a 3D Realms concordou com a Gearbox que uma única casa é o melhor para a IP”, completou.
Frederik Schreiber, presidente da Interceptor, disse estar contente de poder deixar tudo isso para trás, reiterou que tem muito respeito pela Gearbox e confessou ser fã de carteirinha de Duke Nukem, se mostrando ansioso para ver como a franquia vai se desenvolver em novas mãos. O executivo acredita que o momento é de se focar no polimento de Bombshell e trabalhar duro para que o produto possa estar muito em breve nas mãos do público. A jogatina isométrica está programada para esse segundo semestre de 2015 nos PCs e no PlayStation 4.
“It’s time to kick ass and chew bubblegum. And I’m all outta gum.” 
A Gearbox, por sua vez, vou bem mais direta ao ponto, agradecendo pela colaboração de suas antigas adversárias e explicando que a briga na Justiça foi interrompida por conta de um acordo confidencial pelo qual ela se torna completamente dona da franquia Duke Nukem. Isso abre caminho para que a desenvolvedora possa trabalhar com muito mais calma e foco em um próximo episódio da série, algo que foi apontado pelo CEO Randy Pitchford durante uma conferência em julho.
De acordo com Pitchford, eles já estão trabalhando há um tempo em conceitos para o sucessor do FPS de 2011. “Eu não adquiri a franquia apenas para que as pessoas pudessem experimentar Duke Nukem Forever. Isso foi meio que o preço a ser pago para dar a Duke Nukem uma chance”, disparou. Como o time da Gearbox está ocupado com diversos produtos, a maior probabilidade é que eles precisem firmar parceria com um estúdio terceirizado para levar o projeto adiante..
Nota: Bem isso foi inesperado, mas como dizem: "Antes tarde Dukenukem!"... Por favor me matem, esta cada vez pior

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